sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Tempo Certo




De uma coisa podemos ter certeza:
de nada adianta querer apressar as coisas;
tudo vem ao seu tempo,
dentro do prazo que lhe foi previsto.
Mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa em tudo e aí acontecem
os atropelos do destino,
aquela situação que você mesmo provoca,
por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo.
Mas alguém poderia dizer:
Qual é esse tempo certo?

Bom, basta observar os sinais.
Quando alguma coisa está para acontecer
ou chegar até sua vida,
pequenas manifestações do cotidiano
enviarão sinais indicando o caminho certo.
Pode ser a palavra de um amigo,
um texto lido, uma observação qualquer.
Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará
de colocar você no lugar certo,
na hora certa, no momento certo,
diante da situação ou da pessoa certa.

Basta você acreditar que nada acontece por acaso.
Talvez seja por isso que você esteja
agora lendo estas linhas.
Tente observar melhor o que está a sua volta.
Com certeza alguns desses sinais
já estão por perto e você nem os notou ainda.
Lembre-se, que o universo sempre
conspira a seu favor quando você possui um
objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.

Paulo Coelho

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

EU TE AMO... NÃO DIZ TUDO!



Você sabe que é amado porque lhe disseram isso?

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,

Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,

Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.

Ser amado é ver que ele lembra de coisas que você contou dois anos atrás,

É ver como ele fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.

Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.

Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.

Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!

"Para conquistarmos algo na vida não é necessário, apenas, força ou talento; é preciso, acima de tudo, ter vivido um grande amor"

Arnaldo Jabor

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

SORRIA



Sorria, embora seu coração esteja doendo
Sorria, mesmo que ele esteja partido
Quando há nuvens no céu
Você sobreviverá...

Se você apenas sorri
Com seu medo e tristeza
Sorria e talvez amanhã

Você descobrirá que a vida ainda vale a pena se você apenas...

Ilumine sua face com alegria
Esconda todo rastro de tristeza
Embora uma lágrima possa estar tão próxima
Este é o momento que você tem que continuar tentando
Sorria, pra que serve o choro?
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas...

Se você sorri
Com seu medo e tristeza
Sorriso e talvez amanhã
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas Sorrir...

Este é o momento que você tem que continuar tentando
Sorria, pra que serve o choro
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas Sorrir

Charles Chaplin

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Definitivo




Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

NÃO DESISTA NUNCA



Se você não acreditar naquilo que você é capaz de fazer; quem vai acreditar?

Dizer que existe uma idade certa, tempo certo, local certo, não existe.

Somente quando você estiver convicto daquilo que deseja e esta convicção fizer parte integrante do processo.

Mas quando ocorre este momento? Imagine uma ponte sobre um rio.

Você está em uma margem e seu objetivo está na outra.

Você pensa, raciocina, acredita que a sua realização está lá.

Você atravessa a ponte, abraça o objetivo e não olha para traz.

Estoura a sua ponte.

Pode ser que tenha até dificuldades, mas se você realmente acredita que pode realizá-lo, não perca tempo: vá e faça.

Agora, se você simplesmente não quer ficar nesta margem e não tem um objetivo definido, no momento do estouro, você estará exatamente no meio da ponte.

Já viu alguém no meio de uma ponte na hora da explosão... eu também não.

Realmente não é simples.

Quando você visualizar o seu objetivo e criar a coragem suficiente em realizá-lo, tenha em mente que para a sua concretização, alguns detalhes deverão estar bem claros na cabeça ou seja, facilidades e dificuldades aparecerão, mas se realmente acredita que pode fazer, os incômodos desaparecerão.

É só não se desesperar.

Seja no mínimo um pouco paciente.

Pois é, as diferenças básicas entre os três momentos são: ESTOURAR A PONTE ANTES DE ATRAVESSÁ-LA. Você começou a sonhar... sonhar... sonhar!

De repente, sentiu-se estimulado a querer ou gozar de algo melhor.

Entretanto, dentro de sua avaliação, começa a perceber que fatores que fogem ao seu controle, não permitem que suas habilidades e competências o realize.

Pergunto, vale a pena insistir?

Para ficar mais tangível, imaginemos que uma pessoa sonhe viver ou visitar a lua, mas as perspectivas do agora não o permitem, adianta ficar sonhando ou traçando este objetivo?

Para que você não fique no mundo da lua, meio maluquinho, estoure a sua ponte antes de atravessá-la, rompa com este objetivo e parta para outros sonhos!

ESTOURAR A PONTE NO MOMENTO DE ATRAVESSÁ-LA... Acredito que tenha ficado claro, mas cabe o reforço.

O fato de você desejar não ficar numa situação desagradável é válido, entretanto você não saber o que é mais agradável, já não o é!

Ou seja, a falta de perspectiva nem explorada em pensamento, não leva a lugar algum.

Você tem a obrigação consciencional de criar alternativas melhores.

Nos dias de hoje, não podemos nos dar ao luxo de sair sem destino.

O nosso futuro não é responsabilidade de outrem, nós é que construímos o nosso futuro.

Sem desculpas, pode começar... ESTOURAR A PONTE DEPOIS DE ATRAVESSÁ-LA.

No início comentei sobre as pessoas que realizaram o sucesso e outras que não tiveram a mesma sorte.

Em primeiro lugar, acredito que temos de definir o que é sucesso.

Sou pelas coisas simples, sucesso é gostar do que faz e fazer o que gosta.

Tentamos nos moldar em uma cultura de determinados valores, onde o sucesso é medido pela posse de coisas, mas é muito mesquinho você ter e não desfrutar daquilo que realmente deseja.

As pessoas que realizaram a oportunidade de estourar as suas pontes de modo adequado e consistente, não só imaginaram, atravessaram e encontraram os objetivos do outro lado.

Os objetivos a serem perseguidos, foram construídos dentro de uma visão clara do que se queria alcançar, em tempo suficiente, de modo adequado, através de fatores pessoais ou impessoais, facilitadores ou não, enfim o grau de comprometimento utilizado para a sua concretização.

A visão sem ação, não passa de um sonho.
A ação sem visão é só um passatempo.
A visão com ação pode mudar o mundo.

Martha Medeiros

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Para se roubar um coração



Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa.

Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.

Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.

Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.

É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.

Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.

Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.

E então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.

Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.

Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.

Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?

Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.

Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.

E é assim que se rouba um coração, fácil não?

Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!

E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples... é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.

Luís Fernando Veríssimo

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

PEDAÇOS




Um pedaço de mim reclama tempo
para viver, outro assume a responsabilidade
e quer apenas trabalhar.

Um pedaço de mim quer viver um grande
amor, e entrega-se sem medidas, o outro tem
medo, já sofreu decepções e por ele,
nunca mais me apaixonaria.

Um pedaço de mim é brincalhão e vive
rindo, outro é triste, tem momentos de puro
isolamento.


Um pedaço de mim quer vencer, é
pura euforia, Outro quer apenas viver, deixar a
vida me levar...

Um pedaço de mim sofre com a dor
dos outros, outro quer que eu cuide apenas das
minhas dores, que não são poucas, já que vivo
em conflito...

Entre o que eu sou e o que eu gostaria
de ser, entre o que tenho e aquilo que gostaria de ter,
e, se um pedaço de mim sente-se satisfeito, o outro grita
por novidades, por consumo, por gente, por beijos
e amores inconstantes.

Nesse turbilhão, acordo todos os dias,
tentando unir esses dois lados que coexistem em
mim, e que por mais diferentes que sejam,
ainda assim, só querem mesmo,
o melhor para mim.

Hoje eu junto o ser e o querer,
o que fui e o que desejo ser, para cumprimentar
a vida, abraçar meus sonhos e pedir passagem
simplesmente para ser feliz.

Paulo Roberto Gaefke

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Baile de máscaras! Você já tem a sua?




É bem provável que você não tenha apenas uma, mas várias máscaras. Só que, ao invés de usá-las em bailes tradicionais, com data, hora e local apropriados, posso apostar que você usa suas máscaras diariamente, em diversas situações.

Não! Não estou lhe acusando de falsidade ou manipulação. Aliás, não estou falando apenas de você, mas de todos nós. Costumamos usar máscaras por diversos motivos. Mas existe uma razão principal para esta escolha: o medo de sermos inadequados e, conseqüentemente, não-aceitos.

Acontece que, ultimamente, tenho percebido que uma máscara em especial está sendo bastante usada, por muitas pessoas. Este uso generalizado parece ter uma intenção muito positiva. Entretanto, mais do que causar verdadeira alegria em quem as usa e também em quem as vê, estou certa de que tem causado muito mais angústia, vazio e distanciamento daquilo que realmente importa.

É a máscara do "eu sou feliz". Claro que ser feliz é muito bom e creio que realmente existam muitas pessoas felizes neste mundo. Mas me parece que os motivos são outros. Deveríamos nos sentir felizes pelo que somos, por nossa família, pelos amigos de longa data, pelo amor que sentimos por algumas pessoas especiais em nossas vidas.

Enfim, parece que deveríamos nos sentir gratos por uma felicidade genuína. Pelo simples fato de estarmos vivos, de termos saúde, de conseguirmos superar dificuldades e termos a oportunidade de nos tornar pessoas melhores por conta disso.

No entanto, a máscara do "eu sou feliz" sustenta um sorriso vazio, um copo de chope na mão, um cigarro na outra e risadas fáceis demais, sem consistência, sem laços de afeto. A máscara cai perfeitamente bem em baladas, rodas de amigos que acabamos de conhecer, departamentos de empresas... mas revela um olhar carente, uma boca triste, um coração sem rumo e solitário quando chega em casa, quando se deita para dormir...

Parece que a moda é estar sempre bem, de preferência o melhor da turma. Sem problemas, sem medos, sem grilos ou neuroses. Algo do tipo sobre-humano, encantador à primeira vista. Faz sentido! Como é que poderíamos nos mostrar fragilizados, falar de dificuldades e compartilhar assuntos mais profundos e humanos se neste momento os amigos mascarados simplesmente desaparecem?

Como é que podemos nos sentir incluídos, parte de um grupo se quando mais precisamos das pessoas elas estão ocupadas demais com suas próprias vidas e morrendo de medo de você? Talvez seja mesmo fundamental o uso de máscaras, senão não suportaríamos a constatação de um mundo abarrotado de pessoas morrendo de solidão e desespero...

Porém, creio que há solução. Creio que há possibilidades. Acredito nas pessoas, sobretudo! Acredito no amor e no desejo real que temos de sermos felizes, sem máscaras.

Assim, arrisco-me a afirmar que precisamos mudar nossos desejos, adequá-los e vinculá-los a objetivos mais coerentes. Repetimos o tempo todo: eu adoro conhecer gente nova, fazer novos amigos. Gente, eu não tenho absolutamente nada contra conhecer gente nova, mas será que este é um objetivo coerente?

E as pessoas que já conhecemos? Precisamos cativá-las, como ensina a raposa do Pequeno Príncipe*. Precisamos nos deixar cativar, aprofundar as relações, criar laços... e isso requer tempo, dedicação, disponibilidade.

Isso requer sentar muitas vezes num sofá, tomar muitos cafés juntos, con-versar, trocar confidências, falar de coração aberto... isso sim é felicidade. Compartilhar a vida, não de forma superficial e mascarada, mas de maneira mais profunda e humana.

Sugiro que você faça uma lista de pessoas de quem você realmente gosta, com quem você supõe que se sentiria feliz em criar laços. Para cada uma delas, reserve um tempo, fique disponível, faça convites mais íntimos. Um chá, uma festa, um encontro no cinema. Qualquer programa, mas vá de peito aberto, disposto a se doar e a receber o outro. Disposto a cativar e ser cativado.

Assim, de laço em laço, estou certa de que já não precisaremos tanto das máscaras. E ficarão cada vez mais diminuídos dentro de nós sentimentos como medo, solidão, tristeza, desespero, confusão e aflição. E sobrará espaço para a tão urgente e necessária solidariedade. Não seja solitário. Seja solidário!

Rosana Braga

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Por que você ama quem você ama?



Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não tem a maior vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte para mim.

Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar (ou quase). Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém. Com um currículo desse, criatura, por que diabo está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito do amor da sua vida!

Martha Medeiros

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

NÃO PERCA




Perca a batalha, mas não desistas da guerra.
Perca a coragem, mas não perca a vontade de lutar.
Perca a paciência, mas não perca a sua dignidade e segure-se.
Perca o amigo, mas nunca a amizade.
Perca o medo, mas não a prevenção diante dos perigos.
Perca o sono, mas não a vontade de repousar.
Perca as esperanças, mas não a confiança em Deus.
Perca o bom senso, mas não fique ridículo.
Perca o humor, mas não a vontade de sorrir.
Perca o caminho, mas não a direção da sua vida.
Perca o emprego, mas não a vontade de trabalhar.
Perca o medo de amar, errar é aprender.
Perca o medo de falar, alguém vai te ouvir.
Perca o medo de ser feliz, arrisque-se.
Perca o medo de dizer o que sente, ninguém vai descobrir se você não falar.
Perca a fé, mas nunca a certeza de que Deus existe e é seu amigo sempre.
Perca o rumo de sua vida, mas encontre-se.
Perca um dia de sua vida, mas nunca a sua vida inteira.

Paulo Roberto Gaefke

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Amor de gente grande é assim...






Amor de corpo inteiro. Um amor que transcende, transpira, transborda.
Amor com mãos e pés. Com dedos, braços, pernas, barriga, pele e abraços.

Um amor que surpreende, sem nada inventar, sem precisar exagerar, sem ter de sempre entender. Simplesmente ser... preencher, existir!
Amor que não investiga, que não desconfia, que não acusa.

Amor de palavras, mas também de silêncio. Um silêncio que aquieta o coração, que acaricia a alma e alivia as dores! Amor que esvazia, que abre espaço, que permite.

Amor sem regras, sem pressões, sem chantagens. Amor que faz crescer.
Amor de gente grande, de coração gigante, de alma transparente.
Amor que permanece. De mim para mim, de mim para você, de você para mim.

Amor que invade respeitando, que adentra acariciando, que ocupa com leveza. Amor sem ego. Que acolhe, perdoa, reconhece.

Amor que desconhece para conhecer, que nunca lembra porque não esquece! Amor que é... assim, sem mais nem menos, sem eira nem beira, sem quê nem porquê.

Simplesmente simples, despretensioso, descontraído, desmedido. De uma simplicidade tão óbvia que arrasta, que envolve, que derrete.
De uma fluidez tão liquida que escorre, que desliza, que não cristaliza.

Amor que não se pede, que não se dá, porque já é! Para nunca precisar procurar, para nunca correr o risco de encontrar, porque já está! E o que quer que ainda possa surgir... besteira!

Fique, permita-se, comprometa-se! Simplesmente amor...

Você consegue?

Rosana Braga

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Certezas




Não quero alguém que morra de amor por mim...

Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.

Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...

Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível...

Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.

Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.

Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...

Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento...e não brinque com ele.

E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.

Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...

Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.

Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM.

Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena.

Mario Quintana

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

SONHAR




ASSIM, DEPOIS DE MUITO ESPERAR, UM DIA COMO QUALQUER OUTRO DECIDI TRIUNFAR.

DECIDI NÃO FICAR À ESPERA DAS OPORTUNIDADES E FUI PROCURÁ-LAS.

DECIDI VER CADA PROBLEMA COMO A OPORTUNIDADE DE ENCONTRAR UMA SOLUÇÃO.

DECIDI VER CADA NOITE COMO UM MISTÉRIO A RESOLVER.

E..... VER CADA DIA COMO A OPORTUNIDADE DE SER FELIZ.

NAQUELE DIA DESCOBRI QUE O MEU ÚNICO RIVAL ERAM APENAS AS MINHAS LIMITAÇÕES E QUE ELAS SÃO A ÚNICA E MELHOR FORMA DE ME SUPERAR.

DESCOBRI QUE NÃO ERA O MELHOR E QUE TALVEZ NUNCA O TENHA SIDO.

DEIXOU DE ME IMPORTAR QUEM GANHARA OU QUEM PERDERA.

AGORA SIMPLESMENTE ME IMPORTA SER MELHOR QUE ONTEM.

APRENDI QUE O DIFÍCIL NÃO É CHEGAR AO TOPO, MAS SIM NUNCA DEIXAR DE SUBIR.

APRENDI QUE O MAIOR SUCESSO QUE POSSO ALCANÇAR É O TER DIREITO DE CHAMAR A ALGUÉM DE "AMIGO".

DESCOBRI QUE O AMOR É MAIS DO QUE UMA SIMPLES PAIXÃO... È UMA FILOSOFIA DE VIDA.

APRENDI DE QUE NADA SERVE SER LUZ SE NÃO FOR PARA ILUMINAR TAMBÉM O CAMINHO DA HUMANIDADE.

APRENDI QUE OS SONHOS SÃO APENAS PARA TRANSFORMAR EM REALIDADE E DESDE ESSE DIA QUE NÃO DURMO PARA DESCANSAR.

AGORA APENAS DURMO PARA SONHAR.

Walt Disney

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Borboletas




Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama(ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

Mário Quintana

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Os buracos não deixam de existir...



Se pensarmos na vida como um longo caminho, podemos fazer analogias interessantes, a começar pelos tão comentados obstáculos que temos de aprender a ultrapassar ao longo dos anos...

Uns maiores, outros menores, cada qual traz consigo seu nível de dificuldade, suas conseqüentes dores e seus preciosos aprendizados. Mas hoje quero falar, sobretudo, dos buracos. Alguns rasos, outros nem tanto. E existem também aqueles que, de tão profundos, quando caímos neles costumamos usar a expressão “cheguei ao fundo do poço!”.

É claro que ninguém gosta de cair em buracos. Por menores e mais rasos que sejam, no mínimo nos desestruturam e nos fazem perder o “rebolado”. Mas o fato é que eles fazem parte de todos os caminhos, de todas as pessoas, sem exceção, embora sejam sempre únicos.

O problema é quando alguém busca conhecimento, estuda e se sente tão crescido que passa a acreditar que isso é o suficiente para eliminar os buracos de seu caminho, para fazer com que eles simplesmente não existam mais. Iludido e enganado por si mesmo, ao se deparar com um, vai ter de lidar ainda com a decepção, a frustração e a sensação de que toda busca não valeu de nada!

Não caia nesta armadilha! Saiba de antemão que os buracos vão existir pra sempre. A diferença entre quem está consciente de si e de seu caminho e quem não está, é que o primeiro vai saber evitar o tombo desviando a tempo do buraco ou, pelo menos, levantar, sair dele e seguir em frente mais rapidamente e, tomara, menos machucado.

E tem mais: podemos perceber, com a repetição de nossas quedas, que muitos dos buracos de nossos caminhos são incrivelmente parecidos, justamente porque a função deles é nos ensinar a mais difícil de todas as lições.

Portanto, se sua lição mais difícil é aprender a ser menos teimoso, ou menos ansioso, ou menos inseguro, ou menos desconfiado, note bem: toda vez que você se distrai ou acelera o passo mais do que deveria, cai num buraco em que parece já ter caído inúmeras vezes antes.

Não é o mesmo! É outro! É novo! Ele se repete à frente para que você acorde e, a cada queda, consiga levantar com mais habilidade, e seguir em frente não reclamando e se lamentando por ter caído mais uma vez; não se criticando e se culpando por ter sido estúpido novamente. Não! Não há nenhuma estupidez na repetição do aprendizado, mas sim vivência, privilégio e sabedoria!

Assim, se você está agora no chão, se acabou de cair num buraco do seu caminho, não se sinta uma vítima e sim um escolhido pelo Universo para se tornar mais forte e mais preparado. Erga-se, mesmo doendo. Saia do buraco, mesmo chorando. E dê um passo à frente, e depois outro e outro, com a certeza de que pode ir bem mais longe...

Outros buracos virão. Novas cicatrizes ficarão cravadas em sua alma. E tudo isso será a prova de que você não veio como espectador e nem como coadjuvante de sua história. Você veio como protagonista e vai chegar até o fim com a dignidade de quem não apenas cumpriu o seu destino, mas o esculpiu com coragem, fé e atitude!

Rosana Braga