segunda-feira, 30 de março de 2009

Conselho de um velho apaixonado



Quando encontrar alguém e esse alguém fizer
seu coração parar de funcionar por alguns segundos,
preste atenção: pode ser a pessoa
mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento,
houver o mesmo brilho intenso entre eles,
fique alerta: pode ser a pessoa que você está
esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo
for apaixonante, e os olhos se encherem
d'água neste momento, perceba:
existe algo mágico entre vocês.

Se o 1º e o último pensamento do seu dia
for essa pessoa, se a vontade de ficar
juntos chegar a apertar o coração, agradeça:
Algo do céu te mandou
um presente divino : O AMOR.

Se um dia tiverem que pedir perdão um
ao outro por algum motivo e, em troca,
receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos
e os gestos valerem mais que mil palavras,
entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.

Se por algum motivo você estiver triste,
se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa
sofrer o seu sofrimento, chorar as suas
lágrimas e enxugá-las com ternura, que
coisa maravilhosa: você poderá contar
com ela em qualquer momento de sua vida.

Se você conseguir, em pensamento, sentir
o cheiro da pessoa como
se ela estivesse ali do seu lado...

Se você achar a pessoa maravilhosamente linda,
mesmo ela estando de pijamas velhos,
chinelos de dedo e cabelos emaranhados...


Se você não consegue trabalhar direito o dia todo,
ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...

Se você não consegue imaginar, de maneira
nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...

Se você tiver a certeza que vai ver a outra
envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção
que vai continuar sendo louco por ela...

Se você preferir fechar os olhos, antes de ver
a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.

Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes
na vida poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.

Às vezes encontram e, por não prestarem atenção
nesses sinais, deixam o amor passar,
sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.

É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais.
Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem
cego para a melhor coisa da vida: o AMOR !!!

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 27 de março de 2009

A DOR QUE DÓI MAIS



Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.

Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Martha Medeiros

terça-feira, 24 de março de 2009

Os buracos não deixam de existir...



Se pensarmos na vida como um longo caminho, podemos fazer analogias interessantes. A começar pelos tão comentados obstáculos que temos de aprender a ultrapassar ao longo dos anos...

Uns maiores, outros menores, cada qual traz consigo seu nível de dificuldade, suas consequentes dores e seus preciosos aprendizados. Mas hoje quero falar, sobretudo, dos buracos. Alguns rasos, outros nem tanto. E existem também aqueles que, de tão profundos, quando caímos neles costumamos usar a expressão "cheguei ao fundo do poço!".

É claro que ninguém gosta de cair em buracos. Por menores e mais rasos que sejam, no mínimo nos desestruturam e nos fazem perder o "rebolado". Mas o fato é que eles fazem parte de todos os caminhos, de todas as pessoas, sem exceção, embora sejam sempre únicos.

O problema é quando alguém busca conhecimento, estuda e se sente tão crescido que passa a acreditar que isso é o suficiente para eliminar os buracos de seu caminho, para fazer com que eles simplesmente não existam mais. Iludido e enganado por si mesmo, ao se deparar com um, vai ter de lidar ainda com a decepção, a frustração e a sensação de que toda busca não valeu de nada!

Não caia nesta armadilha! Saiba de antemão que os buracos vão existir pra sempre. A diferença entre quem está consciente de si e de seu caminho e quem não está, é que o primeiro vai saber evitar o tombo desviando a tempo do buraco ou, pelo menos, levantar, sair dele e seguir em frente mais rapidamente e, tomara, menos machucado.

E tem mais: podemos perceber, com a repetição de nossas quedas, que muitos dos buracos de nossos caminhos são incrivelmente parecidos, justamente porque a função deles é nos ensinar a mais difícil de todas as lições.

Portanto, se sua lição mais difícil é aprender a ser menos teimoso, ou menos ansioso, ou menos inseguro, ou menos desconfiado, note bem: toda vez que você se distrai ou acelera o passo mais do que deveria, cai num buraco em que parece já ter caído inúmeras vezes antes.

Não é o mesmo! É outro! É novo! Ele se repete à frente para que você acorde e, a cada queda, consiga levantar com mais habilidade, e seguir em frente não reclamando e se lamentando por ter caído mais uma vez; não se criticando e se culpando por ter sido estúpido novamente. Não! Não há nenhuma estupidez na repetição do aprendizado, mas sim vivência, privilégio e sabedoria!

Assim, se você está agora no chão, se acabou de cair num buraco do seu caminho, não se sinta uma vítima e sim um escolhido pelo Universo para se tornar mais forte e mais preparado. Erga-se, mesmo doendo. Saia do buraco, mesmo chorando. E dê um passo à frente, e depois outro e outro, com a certeza de que pode ir bem mais longe...

Outros buracos virão. Novas cicatrizes ficarão cravadas em sua alma. E tudo isso será a prova de que você não veio como espectador e nem como coadjuvante de sua história. Você veio como protagonista e vai chegar até o fim com a dignidade de quem não apenas cumpriu o seu destino, mas o esculpiu com coragem, fé e atitude!

Rosana Braga

sexta-feira, 20 de março de 2009

É possível perder sem se perder?




Com o fim de um relacionamento, sempre nos sentimos perdendo praticamente tudo, a esperança, o amor, os sonhos, as idealizações; parece até que perdemos a vida, pois nada mais faz sentido. Nos perguntamos para que viver, se quem acreditamos que fosse viver para sempre ao nosso lado, se foi? Nos perguntamos em que ponto nos perdemos do outro, para que a separação tenha se tornado uma realidade da qual temos muita dificuldade em suportar. Cada um com certeza terá suas próprias respostas, as quais dificilmente coincidem umas com as do outro. Quem tem razão? Os dois? Quem sabe... Mas geralmente nos perdemos do outro no exato momento que nos perdemos de nós mesmos.

Só quem viveu ou vive uma separação sabe a dor que ela provoca. São tantos os questionamentos, são tantas perguntas sem respostas... Podemos responder todas as perguntas que gostaríamos de ter feito ao outro, mas só teremos hipóteses e raramente responderemos corretamente. Nem as nossas próprias perguntas conseguimos responder, quem dirá responder pelo outro...
O tempo! Ah, dizem que o tempo pode curar feridas, responder perguntas. Mas como conseguir esperar que ele passe? Os minutos, que antes voavam, parecem ter se transformado em horas; as horas, em dias... tamanho é o sofrimento. Quando estamos bem e alegres, as horas voam e sequer percebemos. Mas, quando estamos sofrendo... tudo parece se potencializar e se intensificar.
Mas por que nos perdemos quando perdemos alguém? Por que usamos o termo perder? Será que nada ganhamos? Claro que, assim que acontece, nem em pensamento conseguimos perceber algum ganho. Mas se uma relação termina é porque algo não ia bem, ao menos para um dos envolvidos, ou para os dois, mas nem sempre os dois sentem da mesma maneira, cada um tem uma leitura diferente do que acontece. Por que temos que nos dilacerar com nossas dores, permitindo que atinja nossa própria alma? Onde estão os recursos que podem nos fazer e, principalmente sentir, tudo menos intenso?

Os recursos, as respostas, praticamente tudo está sempre dentro de nós, mas às vezes, as próprias lágrimas nos impedem de enxergar, as palavras que ainda soam em nossa mente não nos permitem ouvir nossa própria voz e assim continuamos a nos distanciar de quem já nos tornamos desconhecidos: nós mesmos! É nesse momento que o abandono dói muito mais, não só pelo fato de alguém ter ido embora, mas porque já nos abandonamos há muito mais tempo. Talvez não seja momento de ficar fazendo perguntas das quais não teremos respostas, porque quem as poderia dar já está longe, mas voltar a atenção para nossa própria vida e nossa forma de conduzi-la e também a maneira que conduzimos nossos relacionamentos.

Será que cuidamos do relacionamento que não existe mais como realmente acreditamos que deveria ser cuidado? Demos ouvidos aos nossos próprios pedidos ou ficamos sempre esperando e idealizando que o outro viesse para satisfazer nossas necessidades, muitas vezes inconscientes para nós mesmos? E se ele não conseguia nos satisfazer, por qual motivo continuamos tanto tempo ao seu lado? Esperando que mudasse? Que acordasse diferente e que fosse, como um dia ele próprio nos fez acreditar que seria? Mas será que não ignoramos as infinitas atitudes que não eram coerentes com as palavras?
Podemos viver esse momento de dor, sofrendo, chorando, nos escondendo dentro de um quarto escuro, ou podemos transformá-lo num momento de crescimento próprio, elevando nossa espiritualidade, aprendendo com os próprios erros. E quantos não cometemos?
Não, nada de culpas, pois elas não geram crescimento algum, só nos fazem ficar no papel de vítima e na busca por culpados. Devemos nos responsabilizar também por esse término, ainda que seja o outro que tenha tido a atitude de ir embora, nós participamos dessa decisão, por mais que isso possa nos machucar ainda mais. Confrontar a realidade nem sempre é o mais fácil, por isso tendemos a fugir; algumas vezes negamos os nossos mais sagrados sentimentos com o intuito de quem sabe, sofrermos menos. Mas isso se torna em vão quando não olhamos para dentro de nós, pois por mais que possamos fugir por alguns dias, horas, algumas pessoas por anos, não poderemos fugir para sempre do que está dentro de nós.

E afinal, o que sobrou além da dor? Algumas pessoas podem responder que nada sobrou, mas será? Como era sua vida antes desse relacionamento existir ou essa pessoa entrar em sua vida? Pior, ou melhor, do que é hoje? Tudo sempre tem um sentido para existir e também um sentido por ter acabado. Qual é o aprendizado disso tudo? Deve existir algum, ainda que não consiga perceber qual seja. Se alguém se afastou de você talvez seja porque você também não correspondeu ao que o outro esperava, como ele também não ao que você esperava, por mais que nesse momento negue isso. E será que continuar a viver assim iria fazê-lo feliz? É possível um estar feliz sem que o outro esteja? Amor não é troca? Havia troca na relação ou uma das partes se dava mais que a outra? Tantas coisas para pensar...

Pare, pense, reflita, analise, chore se tiver vontade, volte, se sentir que ainda há amor; mas não se afaste de sua essência, ainda que isso lhe custe ficar só, ou melhor, não estará só se ficar consigo mesmo, e isso só depende de você! Por isso, por mais que esse momento esteja doendo muito, não se abandone, mas use todo seu amor para curar sua dor!


Rosemeire Zago

segunda-feira, 16 de março de 2009

O seu dia vai chegar!



A vida é mesmo incrível e imperdível! Os opostos e aparentemente contraditórios contêm em si sabedoria e verdade. Afirmo isso pensando justamente em dois ditados que, embora gramaticalmente se anulem, na prática do viver servem para nos mostrar o quanto é imprescindível apreender a cada instante para que, enfim, o grande dia chegue!

Quem procura, acha! e Pare de procurar, e encontrará!

É bem possível que essas duas sugestões já tenham funcionado com você. Mas também é muito provável que você se questione recorrentemente sobre como saber quando continuar procurando e quando parar de procurar?

A questão é que queremos certezas, e é bom partirmos da premissa de que certezas não combinam com vida, sucesso, realização, desejo, felicidade, amor ou qualquer uma dessas essencialidades humanas. Nesses casos, nesses tão extasiantes casos, haveremos de arriscar e apostar toda a imponderável imperfeição de uma alma em evolução, em todos os níveis - porque é o que temos, ou melhor, é o que somos!

Portanto, esteja você em busca de uma nova carreira, de um grande amor, de mais rendimentos financeiros, de um sentido maior para sua existência ou de um outro ritmo para tudo o que já existe, siga o fluxo, feito persistente e sábio rio, que confia e simplesmente se deixa levar até o lugar onde há de se tornar gigante.

Além de tornar o processo muito mais criativo e produtivo, você reconhecerá, a partir de escolhas cada vez mais íntegras e conscientes, que sabe bem menos do que supõe e, ainda assim, está bem mais perto do que acredita, especialmente quando consegue transformar a angústia da espera em conforto: o exercício de viver o que há para ser vivido e só.

E por tão belamente ter me permitido essa constatação – ainda que com medo de não conseguir – afirmo e exclamo: seu dia vai chegar! Mas não pense que de um nada que você faça, nem tampouco de um desespero com que possa vir a fazer. Sobretudo desvendando a direção, dia após dia, com cada um de seus tropeços e com cada arranhão decorrente de suas tão particulares e secretas quedas.

Porque este é o mapa, o indicador do caminho, a seta que lhe conduzirá ao que tanto você deseja, esteja à procura ou à espera, mas sempre, sempre, considerando que cada dia é parte indispensável e intransferível de sua chegada!

E fico torcendo para que você se sinta como eu me sinto – radiante! E que seja, por fim, como tão delicada e encantadoramente escreveu Eça de Queiroz:

(...) sentia um acréscimo de estima por si mesma,
e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante,
onde cada hora tinha o seu encanto diferente,
cada passo conduzia a um êxtase,
e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!

Rosana Braga

quinta-feira, 12 de março de 2009

Entre uma decepção e outra, que tal uma pausa para aprender?





Tem época na vida da gente que parece que os encontros 'amorosos' são mais uma provocação do que uma oportunidade de se sentir satisfeito e feliz... Assim, vamos contabilizando decepções e desacreditando na possibilidade de viver uma experiência positiva e motivadora.

Quando isso acontece, creio que o melhor seja parar. Uma pausa para aprender. Ou melhor, antes apreender. Perceber o que está acontecendo, quais são nossos verdadeiros desejos e quais tem sido nossas atitudes para torná-los concretos.

Muitas vezes, fazendo uma análise mais justa e desapegada, sem assumir nenhum papel, nem o de vítima das armadilhas da vida, nem da sacanagem dos outros e nem o de culpado, como se tudo o que fizéssemos estivesse definitivamente errado, terminamos descobrindo que há alguma incoerência nisso tudo.

Só que para isso precisamos de tempo... e principalmente de coragem para admitir limitações, assumir pensamentos negativos e confiar mais na sabedoria da vida e seu ritmo. O que acontece, no entanto, é que a maioria de nós não quer esperar, não quer refletir. Tem apenas um único pensamento que alimentamos o tempo todo: quero namorar, quero ter alguém!!!

Será que estar com alguém é o mesmo que estar feliz? Pode ser que sim, mas pode ser que não... e se por qualquer motivo você não tem ficado com quem deseja, talvez seja o momento ideal para um intervalo, tão útil entre uma decepção e outra...

Tempo de se observar, de observar as pessoas e ouvir o que elas dizem. Tempo de aprender, crescer, ter uma nova conduta, desenvolver uma nova postura. Aguardar até que a vida lhe mostre qual é o melhor caminho a seguir... mas para ver, você precisa estar atento... sem tanta ansiedade, sem tanto desespero para tentar fazer com que as coisas aconteçam do jeito e na hora que você quer...

E se nenhuma resposta vier, talvez signifique que você precisa ver e ouvir com o coração. Respeitar o silêncio. Aceitar a ausência de quem você tanto deseja encontrar... Talvez não haja uma resposta e nem haja uma explicação.

Às vezes, simplesmente não existem respostas nem explicação. Apenas a vida. Apenas as pessoas. Apenas o mundo. Apenas a dor e o amor. Apenas...

E se insistirmos em não aceitar, em brigar, em nos rebelar, em nos revoltar... conseguiremos tão somente mais dor... e menos amor. Aceite que você não tem o controle, que você não pode decidir sozinho, que o universo tem seu próprio ritmo. Faça o que está ao seu alcance; faça a sua parte... e bem feito; da melhor maneira que puder...

E o que não puder, entregue e espere... porque embora diga sabiamente a música "quem sabe faz a hora, não espera acontecer", tem ocasiões nesta vida em que quem sabe espera acontecer e respeita a hora de não fazer... até que um dia, o amor de repente acontece... porque seu coração estava exatamente onde deveria estar para ser encontrado!

Rosana Braga

terça-feira, 10 de março de 2009

Poema da Noite




Já chorei vendo fotos e ouvindo musica;
Já liguei só para ouvir uma voz;
Me apaixonei por um sorriso;
Já pensei que fosse morrer de saudade;
E tive medo de perder alguem especial... (e acabei perdendo)
Já pulei e gritei de tanta felicidade;
Já vivi de amor e fiz muitas juras eternas... "quebrei a cara muitas vezes!"
Já abracei para proteger;
Já dei risadas quando não podia;
Já fiz amigos eternos;
Amei e fui amado;
Mas tambem já fui rejeitado;
Fui amado e não amei...

Charles Chaplin

domingo, 8 de março de 2009

Você tem medo de quê?




Você tem medo de quê?

De dizer não para aquela pessoa querida mesmo sabendo que o sim significa problemas no futuro?

Você tem medo de quê?

De admitir que se enganou com uma pessoa, que errou na dose do sentimentalismo e fechou os olhos para a realidade que todos viam?

Aceitar que o fim de um relacionamento já chegou há muito tempo e você, só você insiste em manter as aparências?

Você tem medo de quê?

De alar para a família e os verdadeiros amigos o quanto os ama e, por isso, fica calado imaginando que todo mundo sabe disso?

De perder o emprego medíocre e, por isso, se submete a tirania de um local que você não se sente bem?

Você tem medo de quê?

De aceitar que seu atual estado é reflexo apenas dos seus atos, das suas atitudes, algumas vezes impensadas e feitas de pura ansiedade...

Você tem medo de quê?

De sair da capa de vítima e encarar de frente seus sonhos, suas necessidades e descobrir que pode realizá-los?

De questionar velhos conceitos e mudar tudo para viver melhor?

Você tem medo de quê?

De aceitar que Deus existe e que nos pede ação sempre, trabalho sempre, boa vontade sempre, perdão sempre, amor sempre.

Não tenha medo de ser feliz, arrisque-se, aventure-se.
Caiu? Levante-se.

Errou? Comece de novo.

Perdoe sempre.

Esqueça o que passou, construa o hoje, viva o hoje.

Ame-se sempre!

Paulo Roberto Gaefke

quinta-feira, 5 de março de 2009

Alma da mulher . . .



Nada mais contraditório do que "ser mulher"...

Mulher que pensa com o coração, age pela emoção e vence pelo amor.

Que vive milhões de emoções num só dia e transmite cada uma delas, num único olhar.

Que cobra de si a perfeição e vive arrumando desculpas para os erros daqueles a quem ama.

Que hospeda no ventre outras almas, da à luz e depois fica cega, diante da beleza dos filhos que gerou.

Que dá as asas, ensina a voar mas não quer ver partir os pássaros mesmo sabendo que eles não lhe pertencem.

Que se enfeita toda e perfuma o leito, ainda que seu amor nem perceba mais tais detalhes.

Que como uma feiticeira transforma em luz e sorriso as dores que sente na alma, só pra ninguém notar.

E ainda tem que ser forte, para dar os ombros para quem neles precisa chorar.

Feliz do homem que por um dia soube, entender a alma da mulher!

Tenham um lindo Dia Internacional das Mulheres!

Autora: Fátima Ayache

terça-feira, 3 de março de 2009

O medo do Amor



Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável.

Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático.

Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.

Martha Medeiros

domingo, 1 de março de 2009

EU APRENDI




EU APRENDI

que a melhor sala de aula do mundo
está aos pés de uma pessoa mais velha;

EU APRENDI

que ser gentil é mais importante do que estar certo;

EU APRENDI

que eu sempre posso fazer uma prece por alguém
quando não tenho a força para
ajudá-lo de alguma outra forma;

EU APRENDI

que não importa quanta seriedade a vida exija de você,
cada um de nós precisa de um amigo
brincalhão para se divertir junto;

EU APRENDI

que algumas vezes tudo o que precisamos
é de uma mão para segurar
e um coração para nos entender;

EU APRENDI

que deveríamos ser gratos a Deus
por não nos dar tudo que lhe pedimos;

EU APRENDI

que dinheiro não compra "classe";

EU APRENDI

que são os pequenos acontecimentos
diários que tornam a vida espetacular;

EU APRENDI

que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa
que deseja ser apreciada,
compreendida e amada;

EU APRENDI

que Deus não fez tudo num só dia;
o que me faz pensar que eu possa?

EU APRENDI

que ignorar os fatos não os altera;

EU APRENDI

que o AMOR, e não o TEMPO,
é que cura todas as feridas;

EU APRENDI

que cada pessoa que a gente conhece
deve ser saudada com um sorriso;

EU APRENDI

que ninguém é perfeito
até que você se apaixone por essa pessoa;

EU APRENDI

que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

EU APRENDI

que as oportunidades nunca são perdidas;
alguém vai aproveitar as que você perdeu.

EU APRENDI

que quando o ancoradouro se torna amargo
a felicidade vai aportar em outro lugar;

EU APRENDI

que devemos sempre ter palavras doces e gentis
pois amanhã talvez tenhamos que engolí-las;

EU APRENDI

que um sorriso é a maneira mais barata
de melhorar sua aparência;

EU APRENDI

que todos querem viver no topo da montanha,
mas toda felicidade e crescimento
ocorre quando você esta escalando-a;

EU APRENDI

Que quanto menos tempo tenho,
mais coisas consigo fazer.

William Shakespeare